O tempo quaresmal é celebrado na Igreja não somente em função da iniciação cristã, mas como retomada da vocação e da exigências da vida cristã.
Os discípulos missionários, durante a Quaresma, encontram sobretudo nas celebrações da eucaristia dominical a ressonância do sentido original da vida cristã: escuta da Palavra, adesão a Cristo na sua oferta redentora em ação de graças e adoração ao Pai, efusão do Espírito Santo, possibilidade de revisão da vocação cristã e do seguimento de Jesus, incentivo ao exercício do Amor fraterno, da prática da justiça e da solidariedade, da oração e da meditação.
Ocasião oportuna para, guiados pelo Espírito Santo, retomar o sentido batismal da vida e abraçar de forma mais convicta e profunda o evangelho de Jesus, a boa-nova do reino, o mandamento do amor, o mandato missionário, a vida nova que o Senhor oferece.
Nesse horizonte de retomada de vocação cristã, a Igreja com a CF (Campanha da Fraternidade) propõe a conversão comunitária e social de uma situação de pecado que atinge a todos e fere a dignidade humana. Os pecados pessoais conduzem ao pecado social e configuram estruturas de pecado (cf. CIC 1868s). O Pecado social exige ardoroso empenho de penitência e conversão, pois também ele desfigura os traços filiais do discípulo missionário. É preciso ter em conta não apenas os pecados pessoais ferem a comunhão da Igreja, mas também que somos igualmente responsáveis pelos pecados que geram situações de sofrimento e morte na sociedade.
A CF muito colabora para aprofundar essa consciência e enriquecer a reflexão quaresmal a fim de suscitar, com a graça de Deus, a conversão sincera e reavivar o compromisso batismal de todo cristão, na renúncia ao mal e na adesão ao reino de Deus.
Fonte: Pe. Luiz Carlos Dias (Secretário Executivo da CF)

Nenhum comentário:
Postar um comentário