terça-feira, 31 de julho de 2012

Aprendendo a ser Igreja

Animada e sustentada pelo mandamento novo do amor, a família cristã vive a acolhida, o respeito, o serviço para com o homem, considerado sempre na sua dignidade de pessoa e de filho de Deus. Isto deve acontecer, antes de tudo, no e para o casal e para a família, mediante o empenho quotidiano de promover uma autêntica comunidade de pessoas, fundada e alimentada por uma íntima comunhão de amor. Deve, além disso, ampliar-se para o círculo mais universal da comunidade eclesial, dentro da qual a família, a igreja pode e deve assumir uma dimensão mais doméstica, isto é, mais familiar, adaptando um estilo de relações mais humano e fraterno.
A caridade ultrapassa os próprios irmãos na fé, porque "todo o homem é meu irmão"; em cada um, sobretudo se pobre, fraco, sofredor e injustamente tratado, a caridade sabe descobrir o rosto de Cristo e um irmão a amar e a servir.

Fonte: Jornal da paróquia Nossa Senhora da Saúde

Oração para Pedir Cura Interior

"Senhor Jesus, que viestes para curar os corações feridos e atribulados, pedimo-vos que cureis os traumas que provocam a perturbação no nosso coração; pedimo-Vos de modo particular que cureis os que são causa de algum pecado. 
Pedimo-Vos que entreis em nossa vida, que nos cureis os traumas psíquicos que nos foram causados na infância e cujas feridas têm tido repercussões ao longo de toda a nossa vida. Senhor Jesus, Vós conheceis os nossos problemas, e nós os pomos todos no Vosso Coração de Bom Pastor. 
Pedimo-Vos por esta grande chaga aberta em Vosso Coração Sagrado, que cureis as pequenas feridas que estão nos nossos. 
Curai as feridas da nossa memória para que nada do que nos aconteceu no passado nos deixe permanecer na dor, na angústia, na preocupação. 
Curai, Senhor, todas aquelas feridas que, na nossa vida, aconteceram originadas por causas de raízes de pecado. 
Queremos perdoar a todas as pessoas que nos ofenderam. Libertai-nos desta ferida interior que nos tornou incapazes de perdoar. 
Vós que viestes para curar os corações atribulados, curai o nosso coração. 
Curai, Senhor, aquelas feridas íntimas que são causa de doenças físicas. 
Nós Vos oferecemos os nossos corações. 
Aceitai-os, Senhor, purificai-os, e daí-nos os sentimentos do Vosso Divino Coração. Concedei-nos, Senhor, a cura da dor que nos oprime por causa da morte de alguma pessoa querida. Dai-nos a graça de readquirir a paz e a alegria na certeza de que Vós sois a ressurreição e a vida. Fazei de nós testemunhas autênticas de Vossa ressurreição, da Vossa vitória sobre o pecado e a morte, da Vossa presença de Senhor Vivo no meio de nós. 
Amém.

" Termine esta oração com um Pai Nosso, uma Ave Maria e Glória. Forte Ágape, Deus abençoe!

Fonte: Pe. Marcelo Rossi

Santos: Fonte e Origem da Renovação da Igreja

Neste dia celebramos a memória deste santo que, em sua bula de canonização, foi reconhecido como tendo "uma alma maior que o mundo". Inácio nasceu em Loyola na Espanha, no ano de 1491, e pertenceu a uma nobre e numerosa família religiosa (era o mais novo de doze irmãos), ao ponto de receber com 14 anos a tonsura, mas preferiu a carreira militar e assim como jovem valente entregou-se às ambições e às aventuras das armas e dos amores. Aconteceu que, durante a defesa do castelo de Pamplona, Inácio quebrou uma perna, precisando assim ficar paralisado por um tempo; desse mal Deus tirou o bem da sua conversão, já que depois de ler a vida de Jesus e alguns livros da vida dos santos concluiu: "São Francisco fez isso, pois eu tenho de fazer o mesmo. São Domingos isso, pois eu tenho também de o fazer". Realmente ele fez, como os santos o fizeram, e levou muitos a fazerem "tudo para a maior glória de Deus", pois pendurou sua espada aos pés da imagem de Nossa Senhora de Montserrat, entregou-se à vida eremítica, na qual viveu seus "famosos" Exercícios Espirituais, e logo depois de estudar Filosofia e Teologia lançou os fundamentos da Companhia de Jesus. A instituição de Inácio iniciada em 1534 era algo novo e original, além de providencial para os tempos da Contra-Reforma. Ele mesmo esclarece: "O fim desta Companhia não é somente ocupar-se com a graça divina, da salvação e perfeição da alma própria, mas, com a mesma graça, esforçar-se intensamente por ajudar a salvação e perfeição da alma do próximo". Com Deus, Santo Inácio de Loyola conseguiu testemunhar sua paixão convertida, pois sua ambição única tornou-se a aventura do salvar almas e o seu amor a Jesus. Foi para o céu com 65 anos e lá intercede para que nós façamos o mesmo agora "com todo o coração, com toda a alma, com toda a vontade", repetia. 

Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova

segunda-feira, 30 de julho de 2012

História de Fé e Vida

Honestidade,

certa vez um homem rico perdeu uma bolsa com quatrocentas moedas de ouro. Então, anunciou nos jornais da cidade que daria uma boa gratificação a quem achasse a bolsa. Dias depois, apareceu um pobre, muito honesto, conhecido na cidade, trazendo-lhe a bolsa com as quatrocentas moedas. O rico contou as moedas: estavam todas ali; mas, como era muito ganancioso procurou um jeito de não dar a gratificação. Então, olhou para aquele homem humilde e lhe disse: faltam cem moedas. Tu não mereces gratificação nenhuma. 
O pobre homem pobre foi expor o fato ao juiz. O juiz chamou o rico e perguntou: Quantas moedas havia na bolsa que você perdeu? 
Quinhentas, respondeu o rico. 
E quantas há na bolsa que este homem trouxe? 
Quatrocentas, respondeu o rico. 
Aí o juiz disse: Então esta bolsa não é a sua. 
Devolve a este homem e vá embora.
Quando aparecer o verdadeiro dono, ele a entregará.

Moral da história:
Devemos ter em nosso coração a humildade e reconhecer em cada um o verdadeiro valor pessoal. A ganância nos leva para o abismo, por isso vamos deixar que jesus conduza todas as nossas atitudes para assim merecermos a graça divina.

Fonte: Desconhecida

Efésios, Capítulo 6


1. Filhos, obedecei a vossos pais segundo o Senhor; porque isto é justo. 2. O primeiro mandamento acompanhado de uma promessa é: Honra teu pai e tua mãe, 3. para que sejas feliz e tenhas longa vida sobre a terra (Dt 5,16). 4. Pais, não exaspereis vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e doutrina do Senhor. 5. Servos, obedecei aos vossos senhores temporais, com temor e solicitude, de coração sincero, como a Cristo, 6. não por mera ostentação, só para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, que fazem de bom grado a vontade de Deus. 7. Servi com dedicação, como servos do Senhor e não dos homens. 8. E estai certos de que cada um receberá do Senhor a recompensa do bem que tiver feito, quer seja escravo quer livre. 9. Senhores, procedei também assim com os servos. Deixai as ameaças. E tende em conta que o Senhor está no céu, Senhor tanto deles como vosso, que não faz distinção de pessoas. 10. Finalmente, irmãos, fortalecei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder. 11. Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. 12. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares. 13. Tomai, por tanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever. 14. Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça, 15. e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz. 16. Sobretudo, embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno. 17. Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus. 18. Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos. 19. E orai também por mim, para que me seja dado anunciar corajosamente o mistério do Evangelho, 20. do qual eu sou embaixador, prisioneiro. E que eu saiba apregoá-lo publicamente, e com desassombro, como é meu dever! 21. E para que também vós estejais a par da minha situação e do que faço aqui, Tíquico, o irmão muito amado e fiel ministro no Senhor, vos informará de tudo. 22. Eu vo-lo envio precisamente para isto: para que sejais informados do que se passa conosco e para que ele conforte os vossos corações. 23. Paz aos irmãos, amor e fé, da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo.
24. A graça esteja com todos os que amam nosso Senhor Jesus Cristo com amor inalterável e eterno.

Fonte: Bíblia Ave Maria

Santos: Fonte e Origem da Renovação da Igreja

São Pedro Crisólogo, 

O santo deste dia nasceu em Ímola, na Itália, no ano de 380 e "aproveitou" sua vida, gastando-se totalmente pelo Evangelho, a ponto de ser reconhecido pela Igreja como Doutor da Igreja (isto se deu em 1729, pelo Papa Bento XIII). São Pedro Crisólogo tinha este nome por ter se destacado principalmente pelo dom da pregação - Crisólogo significa 'O homem da palavra de ouro' (este cognome lhe foi dado a partir do séc IX). Diante da morte do bispo de Ravena, o escolhido para substituí-lo foi Pedro, que neste tempo vivia num convento, aonde queria oferecer-se como vítima no silêncio; mas os planos do Senhor fizeram dele bispo. Pastor prudente e zeloso da Igreja usou do dom da pregação como instrumento do Espírito para a conversão de pagãos, hereges e cristãos indiferentes na vivência da própria fé. São Pedro Crisólogo, com o seu testemunho de santidade, conhecimento das ciências teológicas e dom de comunicação venceu a heresia do Monofisismo, a qual afirmava Jesus ter apenas uma só natureza, e não a misteriosa união da natureza divina e humana como o próprio nos revelou. Um homem que tinha o pecado no coração, porém, Pedro lutou com as armas da oração, jejum e mortificações para assim desfrutar e transmitir pela Palavra o tesouro da graça, isto até entrar na Glória Celeste em 450. 

São Pedro Crisólogo, rogai por nós! 

 Fonte: Canção Nova

domingo, 29 de julho de 2012

Santos: Fonte e Origem da Renovação da Igreja

Santa Marta, 

Hoje lembramos a vida de Santa Marta, que tem seu testemunho gravado nas Sagradas Escrituras. Padres e teólogos encontram em Marta e sua irmã Maria, a figura da vida ativa (Marta) e contemplativa (Maria). O nome Marta vem do hebraico e significa "senhora". No Evangelho, Santa Marta apresenta-se como modelo ativo de quem acolhe: "... Jesus entrou em uma aldeia e uma mulher chamada Marta o recebeu em sua casa" (Lc 10,38). Esta não foi a única vez, já que é comprovada a grande amizade do Senhor para com Marta e seus irmãos, a ponto de Jesus chorar e reviver o irmão Lázaro. A tradição nos diz que diante da perseguição dos judeus, Santa Marta, Maria e Lázaro, saíram de Bethânia e tiveram de ir para França, onde se dedicaram à evangelização. Santa Marta é considerada em particular como patrona das cozinheiras e sua devoção teve início na época das Cruzadas. 

Santa Marta, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova

sábado, 28 de julho de 2012

Santos: Fonte e Origem da Renovação da Igreja

São Celestino,

Com satisfação nós lembramos da santidade do Papa Celestino I, que governou a Igreja dos anos 422 até 432. Ele nasceu na Itália e, ao ser escolhido para governar a Igreja do Cristo, usou muito bem o cajado da justiça e paz. No tempo dele havia a auto-suficiência do Pelagianismo que, embora condenado no Concílio de Cartago, perdurava querendo "contaminar" os cristãos, pois afirmava uma "auto salvação". Combatente também contra a heresia do Nestorianismo - que afirmava ter Jesus duas naturezas e duas pessoas - São Celestino fez de tudo para condenar o erro e pecado sem deixar de amar o errado e o pecador; assim viveu na santidade, até entrar na eterna casa dos santos em 432. 

São Celestino, rogai por nós! 

 Fonte: Canção Nova

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Mensagem do PAPA BENTO XVI para o 45º Dia Mundial de Oração pelas Vocações

Caros irmãos e irmãs! 

1. Tendo em vista o Dia Mundial de Orações pelas Vocações, que será celebrado em 13 de abril de 2008, escolhi o tema: As vocações a serviço da Igreja-missão. Aos Apóstolos Jesus ressuscitado confiou o mandato: “Ide, pois, fazei discípulos meus entre todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19) e assegurando: “Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,20). A Igreja é missionária no seu conjunto e em cada um dos seus membros. Se, graças aos sacramentos do Batismo e da Confirmação, cada cristão é chamado a testemunhar e a anunciar o Evangelho, a dimensão missionária é especialmente e intimamente ligada à vocação sacerdotal. Na aliança com Israel, Deus confiou a homens selecionados, chamados por Ele e enviados ao povo em seu nome, a missão de serem profetas e sacerdotes. Assim fez, por exemplo, com Moisés: “E agora, vai! – lhe disse Javé – Eu te envio ao Faraó [...] [...] quando tiveres tirado o povo do Egito, servireis a Deus sobre esta montanha”. (Ex3,10. 12). Igualmente acontece com os profetas. 2. As promessas feitas aos pais se realizaram plenamente em Jesus Cristo. A este respeito, afirma o Concílio Vaticano II: “Veio pois o Filho, enviado pelo Pai, que n’Ele nos escolheu antes de criar o mundo, e nos predestinou para sermos filhos adotivos [...] Por isso, Cristo para cumprir a vontade do Pai, inaugurou na terra o Reino dos Céus e revelou-nos o seu mistério, realizando-o, com a própria obediência, a redenção” (Const. Dogm. Lumen Gentium, 3). Durante a pregação na Galiléia, na vida pública, Jesus escolheu os discípulos como seus diretos colaboradores no ministério messiânico. Por exemplo, na multiplicação dos pães, quando disse aos Apóstolos: “Dai-lhes vós mesmo de comer” (Mt 14,16), animando-os assim, a assumir o peso das necessidades das multidões, às quais queria oferecer o alimento para saciar-lhes a fome, mas também revelar o alimento “que dura para a vida eterna” (Jo 6,27). Movia-se de compaixão pelo povo, porque, ao percorrer cidades e aldeias, via multidões cansadas e abatidas, “como ovelhas sem pastor” (cf Mt 9,36). Do seu olhar de amor brotava o convite aos discípulos: “Pedí ao Senhor da messe, que mande operários para sua messe” (Mt 9,38), enviando antes os Doze, com precisas instruções, “às velhas perdidas da casa de Israel”. Se nos detemos a meditar esta página do Evangelho de Mateus, conhecida comumente como “discurso missionário”, observamos todos aqueles aspectos que caracterizam a atividade missionária de uma comunidade cristã, que deseja ser fiel ao exemplo e ao ensinamento de Jesus. Corresponder ao chamado do Senhor supõe enfrentar cada perigo com prudência e simplicidade, e inclusive as perseguições, pois “um discípulo não é mais que seu mestre, nem um servo mais que o seu patrão” (Mt 10,24). Feitos uma coisa só com o Mestre, os discípulos não ficam sós para anunciar o Reino dos Céus, mas é o mesmo Jesus que age neles: “Quem vos acolhe, a mim acolhe; e quem me acolhe, acolhe aquele que me enviou” (Mt 10, 40). Além disso, como verdadeiras testemunhas, “revestidos da força do alto” (Lc 24,49), estes pregam “a conversão e o perdão dos pecados” (Lc 24,47) a todos os povos. 3. Precisamente por terem sido enviados pelo Senhor, os Doze receberam o nome de “apóstolos”, chamados a percorrer os caminhos do mundo anunciando o Evangelho, como testemunhas da morte e ressurreição de Cristo. Escreve São Paulo aos cristãos de Corinto: “Nós – isto é os Apóstolos – anunciamos Cristo crucificado” (1Cor 1,23). Neste processo de evangelização, o Livro dos Atos dos Apóstolos considera também muito importante o papel de outros discípulos, cuja vocação missionária surge através circunstâncias provindenciais, às vezes dolorosas, como a expulsão da própria terra enquanto seguidores de Jesus (cf. 8,1-4). O Espírito Santo permite transformar esta prova em ocasião de graça, fazendo com que o nome do Senhor seja anunciado a outros povos, ampliando assim o círculo da comunidade cristã. Trata-se de homens e de mulheres que, como escreve Lucas no livro dos Atos, “arriscaram a vida pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (15,26). O primeiro entre todos, chamado pelo Senhor mesmo para ser um verdadeiro Apóstolo, é, sem dúvida, Paulo de Tarso. A história de Paulo, o maior missionário de todos os tempos, descreve, em muitos aspectos, qual seja o nexo entre a vocação e a missão. Acusado pelos seus adversários de não ter sido autorizado para o apostolado, ele mesmo, repetidas vezes, apela ao chamado recebido diretamente pelo Senhor (cf. Rm 1,1; Gal 1,11-12.15-17). 4. O que “impeliu” os Apóstolos no início, e no decorrer dos tempos, foi sempre “o amor de Cristo” (cf. 2Cor 5,14). Como fiéis servidores da Igreja, dóceis à ação do Espírito Santo, muitos missionários, ao longo dos séculos, seguiram as pegadas dos primeiros discípulos. Observa o Concílio Vaticano II: “Embora todo discípulo de Cristo incumba-se da obrigação de difundir a fé conforme as suas possibilidades, Cristo Senhor chama sempre dentre os discípulos os que ele quer para estarem com ele e os enviarem a evangelizar os povos (cfr Mc 3,13-15)” (Decr. Ad gentes, 23). De fato, o amor de Cristo foi comunicado aos irmãos, com exemplos e palavras - com toda a vida. “A vocação especial dos missionários ad vitam – escreveu o meu venerável Predecessor João Paulo II - conserva toda a sua validade: representa o paradigma do compromisso missionário da Igreja, que sempre tem necessidade de doações radicais e totais, de impulsos novos e corajosos” (Enc. Redemptoris missio, 66). 5. Entre as pessoas que se dedicam totalmente a serviço do Evangelho estão, de modo particular, muitos sacerdotes chamados para anunciar a Palavra de Deus, administrar os sacramentos, especialmente a Eucaristia e a Reconciliação, dedicados ao serviço dos mais débeis, dos doentes, dos sofredores, dos pobres e dos que passam por momentos difíceis, em regiões da terra onde ainda hoje existem multidões que não tiveram um verdadeiro encontro com Cristo. Para estes, os missionários levam o primeiro anúncio do seu amor redentor. As estatísticas testemunham que o número dos batizados aumenta cada ano, graças à ação pastoral destes sacerdotes, inteiramente consagrados à salvação dos irmãos. Neste contexto, seja dado um especial reconhecimento “aos presbíteros fidei donum que edificam a comunidade, com competência e generosa dedicação, anunciando-lhe a palavra de Deus e repartindo o pão da vida, sem pouparem as suas energias ao serviço da missão da Igreja. Por fim, é preciso agradecer a Deus pelos numerosos sacerdotes que tiveram de sofrer até ao sacrifício da vida por servir a Cristo [...]. Trata-se de comoventes testemunhos que poderão inspirar muitos jovens a seguirem por sua vez a Cristo e gastarem a sua vida pelos outros, encontrando precisamente assim a vida verdadeira.” (Exort. ap. Sacramentum caritatis, 26). Desta forma Jesus, através dos seus sacerdotes, se faz presente entre os homens de hoje, até às mais distantes extremidades da terra. 6. Não são poucos os homens e as mulheres que, desde sempre na Igreja, movidos pela ação do Espírito Santo, escolheram de viver radicalmente o Evangelho, professando os votos de castidade, pobreza e obediência. Esta multidão de religiosos e de religiosas, pertencentes a numerosos Institutos de vida contemplativa e ativa, tem tido “até agora uma parte importantíssima na evangelização do mundo” (Decr. Ad gentes, 40). Com a oração perseverante e comunitária, os religiosos de vida contemplativa intercedem incessantemente pela inteira humanidade; os de vida ativa, com suas múltiplas formas de ação caritativa, levam a todos o testemunho vivo do amor e da misericórdia de Deus. Diante destes apóstolos do nosso tempo, o Servo de Deus Paulo VI, pôde dizer: “Graças à sua consagração religiosa, eles são por excelência voluntários e livres para deixar tudo e ir anunciar o Evangelho até as extremidades da terra. Eles são empreendedores, e o seu apostolado é muitas vezes marcado por uma originalidade e por uma feição própria, que forçosamente lhes granjeiam admiração. Depois, eles são generosos: encontram-se com freqüência nos postos de vanguarda da missão e a arrostar com os maiores perigos para a sua saúde e para a sua própria vida. Sim, verdadeiramente a Igreja deve-lhes muito” (Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 69). 7. Além disso, para que a Igreja possa continuar a missão que lhe foi confiada por Cristo e não faltem os evangelizadores que o mundo necessita, será oportuno que nas comunidades cristãs, nunca falte uma constante educação na fé das crianças e dos adultos; é necessário manter vivo nos fiéis um sentido ativo de responsabilidade missionária e de participação solidária com os povos da terra. O dom da fé chama todos os cristãos a cooperarem na evangelização. Esta consciência seja alimentada através da pregação e da catequese, pela liturgia e por uma constante formação na oração; seja incrementada com o exercício da acolhida, da caridade, do acompanhamento espiritual, da reflexão e do discernimento, como também com a elaboração de um plano de pastoral, do qual faça parte integrante o cuidado das vocações. 8. Somente num terreno espiritualmente bem cultivado brotam as vocações para o sacerdócio ministerial e para a vida consagrada. De fato, as comunidades cristãs, que vivem intensamente a dimensão missionária do mistério da Igreja, jamais serão levadas a fechar-se em si mesmas. A missão, como testemunho do amor divino, se torna particularmente eficaz quando é partilhada comunitariamente, “para que o mundo creia” (cfr Jo 17,21). A graça das vocações é o dom que a Igreja invoca diariamente ao Espírito Santo. Desde o seu início a comunidade eclesial, recolhida em torno à Virgem Maria, Rainha dos Apóstolos, d’Ela aprende a implorar do Senhor o florescimento de novos apóstolos, que saibam viver no seu íntimo aquela fé e aquele amor necessários para a missão. 9. Ao confiar esta reflexão a todas as comunidades eclesiais para que a façam suas e, sobretudo, para suscitar subsídios de oração, encorajo o empenho de todos que trabalham com fé e generosidade ao serviço das vocações e, de coração, envio aos formadores, aos catequistas e a todos, especialmente aos jovens na caminhada vocacional, uma especial Bênção Apostólica. 

Vaticano, 3 de dezembro de 2007 

 BENEDICTUS PP. XVI

Pai Nosso Pequenino

• Pai nosso pequenino deus me leve em bom caminho, sete anjos me acompanhe, sete candeias me iluminem. 
• Nosso senhor é meu padrinho, nossa senhora é minha madrinha, quem me fez a cruz na testa para o cão não me atentar, nem de dia, nem de noite, nem no pingo do meio dia, nem na hora de me deitar, anjo santo da nossa guarda semelhança do meu corpo para mim foste criado e para ser meu defensor, agora eu peço aos anjos benditos, que me livre do mal maldito, nesta hora em que rezo com a intenção de amanhecer. 
• Se a morte vier a mim por Jesus posso chamar: Jesus, Maria e José, minha alma vossa é. 
Amém.

Fonte: Livro de Orações a Deus

Santos: Fonte e Origem da Renovação da Igreja

São Joaquim e Sant'Ana, 

com alegria celebramos hoje a memória dos pais de Nossa Senhora: São Joaquim e Sant'Ana. Em hebraico, Ana exprime "graça" e Joaquim equivale a "Javé prepara ou fortalece". Alguns escritos apócrifos narram a respeito da vida destes que foram os primeiros educadores da Virgem Santíssima. Também os Santos Padres e a Tradição testemunham que São Joaquim e Sant'Ana correspondem aos pais de Nossa Senhora. Sant'Ana teria nascido em Belém. São Joaquim na Galileia. Ambos eram estéreis. Mas, apesar de enfrentarem esta dificuldade, viviam uma vida de fé e de temor a Deus. O Senhor então os abençoou com o nascimento da Virgem Maria e, também segundo uma antiga tradição, São Joaquim e Sant'Ana já eram de idade avançada quando receberam esta graça. A menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até ao tempo do noivado com São José. A data do nascimento e morte de ambos não possuímos, mas sabemos que vivem no coração da Igreja e nesta são cultuados desde o século VI. 

São Joaquim e Sant'Ana, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova

terça-feira, 24 de julho de 2012

Homilia - Família, um Porto Seguro

Tem coisa melhor no mundo do que chegar em casa e ter alguém esperando por você? Alguém preocupado com você, perguntando sobre o seu dia, suas dificuldades, suas perdas e vitórias. Alguém sempre disposto, com um ombro amigo, pronto para ouvi-lo e abraçá-lo. Se existem essas pessoas, elas são a sua família: pai, mãe, irmão, avô, avó, sobrinhos, filhos, netos. Sem dúvida, elas são importantíssimas na sua vida por diversas razões. Você se engana quando se acha forte o suficiente para lutar contra os seus problemas, “matando um leão por dia” nessa selva de pedras. E que selva! Dificuldades, sentimentalismos, angústias, medos. Enfim, a vida nos traz problemas e dificuldades mesmo sendo bela! A família não foi criada para recreação ou por engano, mas exerce uma influência decisiva na formação do indivíduo. Os ataques a ela têm um objetivo único: destruir o ser humano. O educador brasileiro Paulo Freire dizia o seguinte: “A mim me dá pena e preocupação quando convivo com famílias que experimentam a ‘tirania da liberdade’, na qual as crianças podem tudo: gritam, riscam as paredes, ameaçam as visitas em face da autoridade complacente dos pais que se pensam ainda campeões da liberdade”. Para que a sociedade seja o lugar de todos, na qual cada um se sinta livre – e por isso responsável pelo que acontece à sua volta – é fundamental revermos o conceito que temos de família. Quando mais precisamos, nossos familiares sempre estão solícitos em ajudá-lo. Porém, nem sempre encontramos a solução dos nossos problemas dentro de nós mesmos ou no meio deles. Mesmo sendo possível fazer algumas escolhas para nortear nossas vidas, devemos nos lembrar que, quando menos esperamos, haverá sempre uma pedra no meio do caminho. De repente, seus amigos não são mais amigos, algumas pessoas que você ama se foram, e você tem a família para ajudá-lo. É aí que nossos familiares e verdadeiros amigos fazem a diferença, abrindo nossos olhos, mostrando-nos que precisamos de ajuda externa; afinal, em certos problemas, a melhor coisa a se fazer é procurar um profissional que nos ajude com com essas situações. O profissional é Jesus de Nazaré, o Bom Pastor que dá a vida pelas Suas ovelhas. Ele nos convida a ser seus irmãos e irmãs. É verdade que alguns têm preconceito e não procuram a ajuda deste “profissional”, pois pensam que é tempo jogado fora; outros, por acharem que religião é coisa de loucos, de fracassados. Mas eu lhe digo que, quem pensa dessa forma, está completamente enganado! Nesse mundo em que vivemos, somos bombardeados, diariamente, por problemas, dúvidas, incertezas e coisas semelhantes. Jesus, então, se apresenta como nosso Irmão, para nos indicar o verdadeiro caminho que nos conduz ao chefe da família: Deus, nosso Pai. “Pai, reforce os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo Pai é o Senhor. Amém.” 

Padre Bantu Mendonça 

Fonte: Canção Nova

Oração da Manhã

Senhor, meu primeiro pensamento, nesta manhã que começa, se dirige para ti, que velaste meu sono e assististe o meu despertar. 
Tu moras nas alturas e habitas bem no íntimo de minha vida e todo este dia é teu. 
Consagro-te agora a jornada que começa. 
Que meu trabalho seja fecundo, com o orvalho do teu amor e a força da tua benção. 
Em vão trabalham os homens, se tu não os ampara. 
Permite que eu possa responder claramente a todos, a respeito da esperança que existe em mim. 
Que todos aqueles que eu encontrar, possam receber uma palavra amiga de meus lábios um gesto acolhedor de minhas mãos, e uma oração sincera do meu coração olha na mesa dos homens pobres e que possam se alimentar, para recuperar as forças e continuar a caminhada da vida que hoje a noite, eu possa estar novamente contigo, na intimidade, como alguém que reencontra um amigo, para poder dar graças pelo dia que me destes. 
Amém.

Fonte: Padre Marcelo Rossi

Santos: Fonte e Origem da Renovação da Igreja

São Charbel,

O santo de hoje nasceu no norte do Líbano, num povoado chamado Bulga-Kafra, no ano de 1828. Proveniente de uma família cristã e centrada nos valores do Evangelho, muito cedo precisou conviver com a perda de seu pai. Após discernir o seu chamado à vida religiosa, com 20 anos ingressou num seminário libanês maronita. Durante o Noviciado, trocou seu nome de batismo (José) por Charbel. Mostrou-se um homem fiel às regras, obediente à ação do Espírito Santo e penitente. Após sua ordenação em 1859, enfrentou muitas dificuldades, dentre elas a perseguição ferrenha aos cristãos com o martírio de muitos jovens religiosos e a destruição de inúmeros mosteiros em sua época. Em meio a tudo isso, perseverou na fé, trazendo consigo as marcas de uma vocação ao silêncio, à penitência e à uma vida como eremita. Aos 70 anos, vivendo num ermo dedicado a São Pedro e São Paulo, com saúde bastante fragilizada, discerniu que era chegada a hora de sua partida para a Glória Celeste. Era Véspera de Natal. E no dia 24 de Dezembro, deitado sobre uma tábua, agonizante, entregou sua vida Àquele que concede o prêmio reservado aos que perseveram no caminho de santidade: a vida eterna.

São Charbel, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Livro - Quarto Capítulo 6 - Pergunta concernente ao exercício antes da comunhão

1. Senhor, quando considero vossa dignidade e minha baixeza, tremo de medo e me envergonho diante de mim mesmo. Porque, se me não chego a vós, fujo da vida, e se me apresento indignamente, incorro em vossa indignação. Que farei, pois, Deus meu, meu auxílio e conselheiro em meu apuros? 2. Ensinai-me vós o caminho direto, mostrai-me algum breve exercício. Porque me é útil saber de que modo devo, com devoção e respeito, preparar o meu coração para receber com fruto vosso Sacramento ou celebrar tão grande e divino sacrifício.

Fonte: Livro Imitação de Cristo

Santos: Fonte e Origem da Renovação da Igreja

Santa Brígida, 

A santa de hoje nasceu na Suécia, no ano de 1302. Ela foi entregue em casamento a um jovem chamado Wulfon, príncipe de Nerícia. Ao casar-se com Wulfon, Santa Brígida assumiu, com orações e sacrifícios, a missão de lutar pela conversão de seu esposo, um homem entregue aos vícios e paixões desregradas. Santa Brígida alcançou esta graça. E, juntamente com seu esposo (agora convertido) numa vida com muitas práticas de piedade, foram a diversas peregrinações, até que aos 32 anos Wulfon veio a falecer. Agora viúva e mãe de 8 filhos, Santa Brígida dedicou-se inteiramente ao serviço dos mais necessitados, cuidando dos enfermos (dentro de um hospital fundado por ela mesma e por seu esposo). E tudo isto sem perder de vista a formação cristã de seus filhos. Devota do Sagrado Coração de Jesus e da Santíssima Virgem, Santa Brígida passava horas em adoração a Jesus Sacramentado. Inspirada pelo Espírito Santo, fundou uma Ordem feminina e outra masculina. Consagrou-se na vida religiosa, e em meio a sofrimentos e inspirações reveladoras do próprio Jesus, aprofundou-se no mistério do Cristo crucificado, até que mergulhasse definitivamente neste mistério, quando em Roma, aos 71 anos, entrou na eternidade. 

Santa Brígida, rogai por nós! 

Fonte: Canção Nova

Efésios, Capítulo 6

1. Filhos, obedecei a vossos pais segundo o Senhor; porque isto é justo. 2. O primeiro mandamento acompanhado de uma promessa é: Honra teu pai e tua mãe, 3. para que sejas feliz e tenhas longa vida sobre a terra (Dt 5,16). 4. Pais, não exaspereis vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e doutrina do Senhor. 5. Servos, obedecei aos vossos senhores temporais, com temor e solicitude, de coração sincero, como a Cristo, 6. não por mera ostentação, só para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, que fazem de bom grado a vontade de Deus. 7. Servi com dedicação, como servos do Senhor e não dos homens. 8. E estai certos de que cada um receberá do Senhor a recompensa do bem que tiver feito, quer seja escravo quer livre. 9. Senhores, procedei também assim com os servos. Deixai as ameaças. E tende em conta que o Senhor está no céu, Senhor tanto deles como vosso, que não faz distinção de pessoas. 10. Finalmente, irmãos, fortalecei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder. 11. Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. 12. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares. 13. Tomai, por tanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever. 14. Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça, 15. e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz. 16. Sobretudo, embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno. 17. Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus. 18. Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos. 19. E orai também por mim, para que me seja dado anunciar corajosamente o mistério do Evangelho, 20. do qual eu sou embaixador, prisioneiro. E que eu saiba apregoá-lo publicamente, e com desassombro, como é meu dever! 21. E para que também vós estejais a par da minha situação e do que faço aqui, Tíquico, o irmão muito amado e fiel ministro no Senhor, vos informará de tudo. 22. Eu vo-lo envio precisamente para isto: para que sejais informados do que se passa conosco e para que ele conforte os vossos corações. 23. Paz aos irmãos, amor e fé, da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo.
24. A graça esteja com todos os que amam nosso Senhor Jesus Cristo com amor inalterável e eterno. 

Fonte: Bíblia Ave Maria

domingo, 22 de julho de 2012

Santos: Fonte e Origem da Renovação da Igreja

Santa Maria Madalena, 

Natural de Mágdala, na Galileia, Maria Madalena foi contemporânea de Jesus Cristo, tendo vivido no Século I. O testemunho de Maria Madalena é encontrado nos quatro Evangelhos: "Os doze estavam com ele, e também mulheres que tinham sido curadas de espíritos maus e de doenças. Maria, dita de Mágdala, da qual haviam saído sete demônios..." (Lc 8,1-2). Após ter sido curada por Jesus, Maria Madalena coloca-se a serviço do Reino de Deus, fazendo um caminho de discipulado, de seguimento a Nosso Senhor no amor e no serviço. E este amor maduro de Maria Madalena levou-a até ao momento mais difícil da vida e da missão de Nosso Senhor, permanecendo ao lado d'Ele: "Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena" (Jo 19,25). Maria Madalena foi a primeira testemunha da Ressurreição de Jesus: "Então, Jesus falou: 'Maria!' Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: 'Rabûni!' (que quer dizer: Mestre)" (Jo 20,16). A partir deste encontro com o Ressuscitado, Maria Madalena, discípula fiel, viveu uma vida de testemunho e de luta pela santidade. Existe também uma tradição de que Maria Madalena, juntamente com a Virgem Maria e o Apóstolo João, foi evangelizar em Éfeso, onde depois veio a falecer nesta cidade. O culto à Santa Maria Madalena no Ocidente propagou-se a partir do Século XII. 

Santa Maria Madalena, rogai por nós! 

Fonte: Canção Nova

sábado, 21 de julho de 2012

Santos: Fonte e Origem da Renovação da Igreja

São Lourenço de Brindes, 

Presbítero da Igreja, o santo de hoje é reconhecido como Doutor, pois amou, aprofundou, serviu e com ardor comunicou a Sã Doutrina Católica. Nascido em Brindes, na Itália, no ano de 1559, São Lourenço entrou na família franciscana, como Capuchinho e chegou a Superior Geral. Homem de Deus e conciliador da maneira franciscana de viver com as necessidades da época, como pregador espalhou a Palavra de Deus em muitos lugares, como Itália, Espanha, Portugal, França, Bélgica, Holanda. Conhecedor do hebraico, aramaico, caldeu, grego, latim, alemão, italiano e outras línguas, pôde - como teólogo e apologista - aprofundar nos estudos das Sagradas Escrituras e bradar pelos quatro cantos da Igreja e do mundo a Verdade, pois o protestantismo se alastrava, assim como diversas heresias. São Lourenço fugia constantemente das honras e, além de dormir no chão, levantava-se à noite para rezar e se alimentava somente de pão, água e verduras, como penitência. Além de grande propagador da Palavra, foi quem muito lutou para vivê-la, por isso, ao ocupar a função de diplomata da Igreja, serviu de pacificador durante a ameaça de invasão por parte dos turcos. São Lourenço, que entrou no Céu com 60 anos, deixou muitos escritos, os quais externam o amor pela Palavra de Deus: "A Palavra de Deus é luz para a inteligência, fogo para a vontade, para que o homem possa conhecer e amar a Deus... É martelo contra a dura obstinação do coração, nos vícios contra a carne, o mundo e o demônio; é espada que mata todo o pecado". 

São Lourenço de Brindes, rogai por nós! 

Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Homilia: O que o Senhor dirá de mim?

O contexto deste trecho do Evangelho é composto pela incompreensão profunda da parte de fariseus legalistas e, ao mesmo tempo, como luz que se opõe às trevas, encontramos a imensa misericórdia de Jesus Cristo frente a qualquer necessidade do homem, a começar pelas mais básicas. 

Sabe-se que a acusação daqueles fariseus não era o furto de espigas em um milharal alheio, mas sim, de que o descanso sabático estava sendo desrespeitado, por um ato considerado, por eles, trabalhoso: “Durante seis dias trabalharás e no sétimo descansarás, tanto na época do plantio como na da colheita” (Ex 34, 21). Assim, o escrúpulo deles foi capaz de usar da Palavra de Deus para acusar a própria Palavra que se fez carne: Jesus. 

Realmente existia uma contradição, que jamais seria da Palavra, mas dos corações insensíveis às necessidades dos outros, tão próximos. E Jesus – sabendo do literalismo deles – recorreu a própria Sagrada Escritura da Antiga Aliança, a fim de ajudá-los e não acusá-los: “Nunca lestes o que fez Davi… Ou nunca lestes na Lei… Se tivésseis chegado a compreender o que significa, ‘Misericórdia eu quero, não sacrifícios’, não condenaríeis inocentes” (Mt 12, 3.5.7). 

Já quanto a Nova e Eterna Aliança, que dá sentido a toda Lei e Profetas, Jesus aproveita a situação para uma auto-revelação a manifestá-lo como o “novo Moisés”, o Legislador para Israel e o mundo todo: “Ora, eu vos digo: aqui está quem é maior do que o templo” (Mt 12, 6). 

O Papa Bento XVI, no seu primeiro livro intitulado “Jesus de Nazaré”, ao tratar do Sermão da Montanha, faz referência ao relacionamento correto de Cristo com a Lei, pois sobe ao Monte não para desfazer qualquer Palavra de Deus: “Nas antíteses do Sermão da Montanha, Jesus não se situa diante de nós nem como rebelde nem como liberal, mas como o intérprete profético da Torá, que nada anula, mas cumpre…” (BENTO XVI, Jesus de Nazaré, p. 120). 

Assim, o cumpridor da Torá, que também apresenta o valor do sábado para os judeus – o qual o remete para a origem da criação do mundo – chama a todos os amados de Deus a uma sensibilidade humana criadora de consenso que reflete o valor do ser humano. 

O Concílio Vaticano II partilhou em seu diálogo com o mundo contemporâneo esta verdade tão acessível: “Crentes e não crentes estão geralmente de acordo neste ponto: tudo o que existe na terra deve ser ordenado para o homem, como seu centro e vértice” (Gaudium et Spes, nº 12). 

Portanto, nos tempos antigos, presentes e futuros, até que o Senhor da Torá e de toda a Criação retorne glorioso para “julgar vivos e mortos”, cada um de nós poderá demonstrar com palavras e atos, qual é o lugar que ocupamos no “tribunal da história”. Jesus, o Rei da Misericórdia e o Filho do Homem, sempre se apresenta como Justo Juiz e Aquele que, com o Pai das Misericórdias, envia um outro Defensor (Paráclito), para advogar a favor das verdadeiras vítimas e mais, Ele chega a se identificar com todos os que sofrem, a partir das necessidades mais básicas (cf. Mt 25, 31-46). 

No Juízo Final então todos escutaremos as palavras de sentença condenatória ou libertação final que, nós próprios, lavramos no tempo. Ou ainda, todos saberão se o Senhor do Sábado teve realmente permissão para ser concretamente o nosso Senhor e se aprendemos, de fato, o que significa “Eu quero amor e não sacrifícios” (Os 6,6). 

Dormindo ou não “com este barulho”, acordemos o quanto antes para o outro, que precisa da nossa compreensão e fé que opera pela caridade. 

Padre Fernando Santamaria 

Fonte: Comunidade Canção Nova

Mensagem do PAPA BENTO XVI para 44º Dia Mundial de Oração pelas Vocações

29 DE ABRIL DE 2007 - IV DOMINGO DA PÁSCOA 

 Tema: “A vocação ao serviço da Igreja-comunhão” 

Veneráveis Irmãos no Episcopado, 

Queridos irmãos e irmãs! O Dia Mundial de Oração pelas Vocações é uma bela ocasião para colocá-los diante da importância das vocações na vida e na missão da Igreja e para intensificarmos nossas orações para seu crescimento em número e em qualidade. Por ocasião desse evento gostaria de chamar atenção de todo o Povo de Deus para um tema cada vez mais urgente: a vocação ao serviço da Igreja-comunhão. 

No ano passado iniciei nas audiências das quartas-feiras uma nova série catequética sobre o relacionamento entre Cristo e a Igreja. Enfatizei que a primeira comunidade cristã foi originariamente construída quando alguns pescadores da Galiléia, após seu encontro com Jesus, foram tocados pelo seu olhar e pela sua voz, aceitando, em seguida, o seu urgente convite: “Sigam-me, e eu farei vocês se tornarem pescadores de homens” (Mc 1,17; cf. Mt 4,19). Na verdade, Deus sempre tem escolhido certas pessoas para trabalhar com Ele, de um modo mais direto, para executar seu plano de salvação. O Antigo Testamento mostra como no início Deus chamou Abraão para tornar-se “uma grande nação” (Gn 12,2); depois, chamou Moisés para levar os filhos de Israel fora do Egito (cf. Ex 3,10). Deus escolheu outras pessoas, especialmente os profetas, para defender e manter viva a aliança com seu povo. No Novo Testamento Jesus, o Messias prometido, convidou cada um dos apóstolos para ficar ao seu lado (cf. Mc 3,14) e envolver-se na sua missão. Por ocasião da Última Ceia, quando lhes confiou a missão de perpetuar a lembrança de sua morte e ressurreição até a sua vinda gloriosa no fim dos tempos, dirigiu-se ao Pai e orou a conhecida oração: “E eu tornei o teu nome conhecido para eles. E continuarei a torná-lo conhecido, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles” (Jo 17,26). A missão da Igreja, portanto, baseia-se na comunhão íntima e fiel com Deus. 

 A Constituição Lumen gentium do Concílio Vaticano II descreve a Igreja como “um povo feito uno através da unidade com o Pai, o Filho e o Espírito Santo” (n. 4), no qual se reflete o próprio mistério de Deus. Reflete-se nela o amor da Santíssima Trindade; pela obra do Espírito Santo, seus membros formam “um só corpo e um só espírito” em Cristo. Esse povo, organicamente estruturado sob a direção de seus Pastores, vive o mistério da comunhão com Deus e com seus irmãos, de modo especial quando se encontra na Eucaristia. A Eucaristia é a fonte da unidade eclesial pela qual Jesus rezou antes de sua Paixão: “Pai ... para que todos sejam um [...] a fim de que o mundo acredite que tu me enviaste” (Jo 17,21). Essa intensa comunhão favorece o surgimento de generosas vocações para o serviço da Igreja: o coração daquele que crê, cheio de amor divino, fica incentivado para dedicar-se totalmente pela causa do Reino. Para que as vocações sejam incentivadas é importante organizar um trabalho pastoral direcionado precisamente ao mistério da Igreja-comunhão. De fato, quem vive na comunidade eclesial caracterizada pela harmonia, pela co-responsabilidade acolhedora, facilmente aprende a discernir o chamado do Senhor. O cuidado das vocações, portanto, necessita de uma constante “educação” para ouvir a voz de Deus, como Eli fez quando ajudou o pequeno Samuel a compreender o que Deus estava lhe pedindo fazer e a executar imediatamente a ordem dada (cf. 1Sm 3,9). É óbvio que o dócil e atencioso escutar pode acontecer apenas num clima de íntima comunhão com Deus. Realiza-se isso principalmente na oração. De acordo com a ordem explícita do Senhor imploramos o dom das vocações, em primeiro lugar, pela oração incansável e em comunidade, ao “Senhor da messe”. O convite está no plural: “Por isso, peçam ao dono da colheita que mande trabalhadores para a colheita” (Mt 9,38). O convite do Senhor corresponde exatamente com o estilo do “Pai Nosso” (Mt 6,9), a oração que nos ensinou e que constitui como “a síntese de todo o Evangelho”, na opinião da expressão conhecida de Tertuliano (cf. De Oratione, 1,6: CCL I, 258). Uma outra expressão de Jesus é, nesse contexto, extremamente iluminadora: “Se dois de vocês na terra estiverem de acordo sobre qualquer coisa que queiram pedir, isso lhes será concedido por meu Pai que está no céu” (Mt 18,19). O Bom Pastor nos convida, portanto, a rezar ao Pai celestial, unidos e perseverantes, para que mande vocações a serviço da Igreja-comunidade. 

Acolhendo a experiência pastoral de todos os séculos passados, o Concílio Vaticano II salientou com grande clareza a importância de educar os futuros sacerdotes para uma autêntica comunhão eclesial. A esse respeito Presbyterorum ordinis orienta: “Exercendo, com a autoridade que lhes toca, o múnus de Cristo cabeça e pastor, os presbíteros reúnem, em nome do bispo, a família de Deus, como fraternidade bem unida, e por Cristo, no Espírito, levam-na a Deus Pai” (n. 6). A Exortação Apostólica pós-sinodal Pastores dabo vobis repete a afirmação do Concílio quando insiste que o sacerdote é “servidor da Igreja comunhão porque - unido ao Bispo e em estreita relação com o presbitério - constrói a unidade da comunidade eclesial na harmonia das diferentes vocações, carismas e serviços” (n. 16). Será indispensável que cada ministério e cada carisma no seio do povo cristão estejam direcionados à comunhão plena. É a tarefa do bispo e dos sacerdotes promovê-la em harmonia com as outras vocações e os outros serviços eclesiais. A vida consagrada está, por natureza, a serviço dessa comunhão, como foi salientado pelo meu predecessor João Paulo II na Exortação Apostólica pós-sinodal Vita consecrata: “Atribui-se à vida consagrada o mérito de ter ajudado manter viva na Igreja a obrigação da fraternidade como testemunho da Santíssima Trindade. Através do amor fraterno, especialmente na vida em comum, a vida consagrada mostrou que a participação na comunhão trinitária pode mudar os relacionamentos humanos e criar um novo tipo de solidariedade” (n. 41). 

No centro de cada comunidade cristã há a Eucaristia, a fonte e o auge da vida eclesial. Aquele que se coloca a serviço do Evangelho e se nutre com a Eucaristia progride no amor a Deus e ao irmão, contribuindo na construção da Igreja-comunhão. Podemos afirmar que o “amor eucarístico” motiva e alicerça a atividade vocacional de toda a Igreja porque, como escrevi na encíclica Deus caritas est, as vocações para o sacerdócio e para os ministérios e serviços desabrocham no Povo de Deus onde há pessoas nas quais Cristo pode ser visto através de sua Palavra, nos sacramentos e, especialmente, na Eucaristia. Isso acontece porque “na liturgia da Igreja, em sua oração, na comunhão viva dos crentes, temos experiência do amor de Deus, percebemos sua presença e aprendemos a reconhecer essa presença em nossa vida diária. Ele nos amou primeiro e continua amando-nos; nós também correspondemos com nosso amor” (n. 17). 

Finalmente, voltemo-nos a Maria, que deu apoio à primeira comunidade onde “todos tinham os mesmos sentimentos e eram assíduos na oração” (At 1,14), para que Ela ajude a Igreja a ser um ícone da Santíssima Trindade no mundo de hoje, um sinal eloqüente do amor divino para todas as pessoas. Que a Virgem Maria, a qual respondeu imediatamente ao chamado do Pai, dizendo “Eis a escrava do Senhor” (Lc 1,38), interceda para que no seio do povo cristão não faltem servos do amor divino, ou seja, sacerdotes que, em comunhão com seus bispos, anunciem fielmente o Evangelho e celebrem os sacramentos, cuidem do Povo de Deus e estejam preparados para anunciar o Evangelho a todas as pessoas. Que Ela ajude para que em nossos dias cresça o número de pessoas consagradas, que vão contra a correnteza, vivendo os conselhos evangélicos da pobreza, castidade e obediência, dando profeticamente testemunho de Cristo e de sua mensagem libertadora de salvação. 

 Prezados irmãos e irmãs, chamados pelo Senhor às diferentes vocações particulares na Igreja, confio vocês de modo especial a Maria para que Ela, a qual mais que todos tem compreendido o significado das palavras de Jesus: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática” (Lc 8,21), ensine-os a ouvir seu Filho divino. Que Ela os ajude a dizer através de sua vida: “Eis-me aqui, ó Deus, para fazer a tua vontade” (cf. Hb 10,7). Com esses desejos, asseguro a vocês um lugar nas minhas orações, abençoando-os de todo o meu coração. 

Cidade do Vaticano, 10 de fevereiro de 2007. 

BENEDICTUS PP. XVI

Santos: Fonte e Origem da Renovação da Igreja

Santo Aurélio, 

A Igreja da África, durante os anos de 392 até 429, foi agraciada com o governo santo do primeiro Bispo de Cartago, que santificou-se tornando seu povo também santo. Santo Aurélio nasceu no século IV e desde diácono se destacava pela caridade, zêlo, pureza de vida e pelo culto da Liturgia. O grande Aurélio esteve como Bispo responsável por toda uma região e todos o chamavam - por respeito - de "Santo Papa Aurélio". Não possuía grandes dotes intelectuais, porém, na Providência Divina, tinha grande amizade com o sábio e Bispo de Hipona: Santo Agostinho. Unido ao Doutor da Graça, pôde combater a auto-suficiência do Pelagianismo e outras heresias que encontraram a condenação no seu tempo. Muito do que sabemos hoje de Santo Aurélio foi o próprio Santo Agostinho quem informou, pois este admirava a prudência, a piedade e a humildade deste pastor e pai, que tudo fazia pela salvação das almas e pureza da doutrina cristã. Santo Aurélio passou da Igreja militante, para a Igreja triunfante pouco tempo antes de Santo Agostinho, isto em 429. 
Santo Aurélio, rogai por nós! 
Fonte: Canção Nova

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Oração ao Anjo Da Guarda

Em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo. 

Senhor Deus Todo Poderoso, Criador do céu e da terra, louvores Vos sejam dados por todos os séculos dos séculos. Senhor Deus que por Vossa imensa bondade e infinita misericórdia, confiaste cada alma humana a cada um dos Anjos da Vossa corte celeste, graças Vos dou por essa imensurável graça. Assim confiante em vós e em meu Santo Anjo da Guarda, a ele me dirijo, suplicando-lhe velar por mim, nesta passagem de minha alma, pelo exílio da terra. Meu Santo Anjo da Guarda, modelo de pureza e amor a Deus, sede atento ao pedido que Vos faço. Deus meu Criador, o Soberano Senhor a quem servis com inflamado amor, confiou a vossa guarda e vigilância a minha alma e meu corpo, a minha alma, a fim de não cometer ofensas a Deus, o meu corpo, afim de que seja sadio, capaz de desempenhar as tarefas que a sabedoria divina me destinou, para cumprir minha missão na terra. Meu Santo Anjo da Guarda, velai por mim, abri-me os olhos, dai-me prudência, em meus caminhos pela existência. Livrai-me dos males físicos e morais, das doenças e dos vícios, dás más companhias, dos perigos, e nos momentos de aflição, nas ocasiões perigosas, sede meu guia, meu protetor, e minha guarda, contra tudo quanto me cause dano físico ou espiritual. Livrai-me dos ataques dos inimigos invisíveis, dos espíritos tentadores. 

Meu Santo Anjo da Guarda, protegei-me. 

*Rezar 01 Credo, 01 Pai Nosso e 01 Ave Maria.

Fonte: Livro de Orações a Deus

Oração de profunda cura interior

"Pai celestial, peço que envies o Teu Espírito Santo e ilumines o útero da minha mãe. Purifica-o de qualquer negatividade ou mancha e enche-o com a Tua luz, poder e majestade. Enquanto me vejo sendo concebido, enche este momento com a Tua majestade e esplendor. Modela-me à Tua imagem e semelhança e enche-me com Tua luz e amor ( Ágape ). Querida Mãe Maria, peço que tu estejas comigo desde o momento da concepção, protegendo-me e intercedendo por mim, juntamente com os anjos e com os santos, diante da Santíssima Trindade. Abastece-me, querida Mãe, com o amor materno que precisei e não recebi. Senhor Jesus Cristo, peço que venhas e fiques comigo desde o momento da minha concepção. Enche-me, em Teu infinito amor e misericórdia, com o fogo do Teu divino amor ( Ágape ). Derrama sobre mim, suave Jesus, todos os dons e graças. Cura-me de toda mágoa e purifica-me de toda negatividade que me foi transmitida, consciente ou inconscientemente, enquanto estava no útero da minha mãe. Abastece-me com o amor paterno de que precisava e não recebi. À medida que percorremos cada mês, Senhor Jesus, purifica-me, cura-me, refrigera-me, restaura-me, ilumina-me e transforma-me. Remove todas as trevas e lava-me no Teu precioso Sangue. À medida que caminhamos no primeiro mês, Senhor Jesus, remove toda raiva, ansiedade ou medo que minha mãe possa ter transmitido a mim. À medida que caminhamos no segundo mês, suave Jesus, remove todo abandono, raiva, ansiedade, amargura, confusão, medo, culpa, insegurança, rejeição, ressentimento ou vergonha que possa ter sido transmitidos a mim quando minha mãe soube que eu ia nascer e começou a informar à família e aos amigos que estava grávida. À medida que caminhamos no terceiro mês, Senhor Jesus, remove toda raiva, amargura, confusão ou medo que minha mãe possa ter inconscientemente transmitido a mim. Remove qualquer sentimento de culpa que eu possa ter tido porque minha mãe se sentia mal ou porque sua gravidez causou problemas financeiros. Permite que eu não mais me sinta um peso. Ajuda-me, Senhor Jesus, a me sentir totalmente envolvido pelo amor do meu pai e da minha mãe. Deixa-me sentir o amor deles por mim e sua alegria porque vou nascer. À medida que caminhamos no quarto mês, Senhor Jesus, enche-me com a Tua luz e amor ( Ágape ) e remove qualquer negatividade que minha mãe me transmitiu. À medida que caminhamos no quinto mês, Senhor Jesus, peço que me cures de uma possível falta de oxigênio causada pela posição do cordão umbilical ou por doença. Simplesmente inunda-me com a Tua paz e tranquilidade. Remove qualquer temor que possa ter sido transmitido a mim pela minha mãe e enche-me de confiança plena em Ti, Senhor Jesus. À medida que caminhamos no sexto mês, Senhor Jesus, enche-me com a Tua luz e amor ( Ágape ). Por favor, remove toda treva e negatividade transmitidas a mim por minha mãe, consciente ou inconscientemente. À medida que caminhamos no sétimo mês, Senhor Jesus, cura-me de qualquer raiva, amargura, medo ou ressentimento que possa ter recebido de minha mãe. Enche-me com a Tua alegria e esperança. À medida que caminhamos no oitavo mês, Senhor Jesus, cura-me de qualquer ansiedade ou medo transmitidos a mim por minha mãe. Enche-me com serenidade e confiança em Ti, suave Jesus. À medida que caminhamos no nono mês, Senhor Jesus, enche-me com a Tua paz e amor ( Ágape ). Por favor, remove qualquer ansiedade, medo ou culpa que possam ter sido transmitidos a mim por minha mãe, porque o momento do parto estava chegando. Enche-me, Senhor Jesus com a Tua luz e amor ( Ágape ). Obrigado, Senhor Jesus, por me acompanhares durante os nove meses dentro do útero da minha mãe, purificando-me e curando-me. Senhor Jesus Cristo, vejo-me agora preparando-me para nascer. Durante as horas do parto, remove qualquer raiva, amargura, confusão, medo, culpa ou ressentimento que eu ou minha mãe possa ter sentido. Enche com luz e amor o momento do meu nascimento. Vejo-me agora nascendo nas Tuas mãos santas e amorosas, Senhor Jesus. Enquanto me seguras, sorris para mim e, com alegria, me apresentas ao Pai. Acalma meu primeiro choro com suaves palavras de amor: “Minha criança, como você é bonita. Como é preciosa aos olhos de Deus. Eu a amo, meu tesouro. Amém". 

Fonte: Padre Robert de Grandis

Santos: Fonte e Origem da Renovação da Igreja

São Francisco Solano, 

Nasceu na Espanha no ano de 1549. Sua formação passou pelo colégio jesuíta, ingressando mais tarde na Ordem Franciscana. Prestou ali muitos serviços, mas seu grande desejo era a evangelização para muitos. Foi quando deixou a Europa e foi para a América Latina. Chegou em Lima (Peru), evangelizando também pela Argentina, Chile, Paraguai, Andes etc. Tudo isso em busca de evangelizar a muitos. Francisco Solano consumiu-se na evangelização. Por obediência voltou a Lima para ser, dentro da Ordem, um formador de novos evangelizadores. Solano faleceu com 61 anos pronunciando palavras de louvor ao Senhor: "Deus seja bendito!" Quem se consome pelas almas, tem a certeza de que Deus foi glorificado. São Francisco Solano, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova

terça-feira, 17 de julho de 2012

Homilia: Nossa indiferença pode nos excluir do Reino de Deus

Betsaida foi uma das cidades que entristeceram Jesus, porque, apesar de ter sido a terra natal dos apóstolos Pedro, André e Felipe, de ter sido também o lugar onde o Senhor fez a maior parte de Seus milagres, Corazim e Betsaida eram cidades totalmente corrompidas, incrédulas e interesseiras. Mas que lições podemos tirar de toda esta situação? Primeiro: se não vigiarmos, a nossa convivência com um ambiente corrompido nos corromperá. Quantos homens bons e honestos se corrompem ao entrar na política! Quantos jovens crentes mudam suas atitudes cristãs ao entrarem na universidade! Quantos homens e mulheres cristãos mudam suas aparências e seus atos ao entrarem em certos empregos ou quando sobem seu poder aquisitivo! Quantos servos de Deus, comprometidos com o Evangelho, têm esfriado ou deixado Jesus, porque assimilaram a corrupção, o pecado do mundo! A segunda lição que aprendemos com Betsaida é que a nossa indiferença poderá nos excluir do Reino de Deus. “Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidônia fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido, com saco e com cinza. Por isso eu vos digo que haverá menos rigor para Tiro e Sidônia, no dia do juízo, do que para vós”. Tiro e Sidônia eram cidades pagãs da Fenícia – atual Líbano, – cidades que não viram os milagres e tudo o que Jesus fez. Portanto, presumi-se que por ignorância agiam e praticavam a maldade. Quem o diz é o próprio Jesus: “Porque, se os milagres que foram feitos aí tivessem sido feitos na cidade de Sodoma, ela existiria até hoje. Pois eu afirmo a vocês que, no Dia do Juízo, Deus terá mais pena de Sodoma do que de você, Cafarnaum”. Betsaida era indiferente com o poder de Deus. Era uma cidade mergulhada no mundanismo. A “Betsaida de hoje” somos nós quando somos indiferentes ao Senhor. Deus está falando conosco, mas nós estamos conversando com outros, com o pensamento longe; às vezes, dentro da própria Igreja ou na Celebração Litúrgica. Somos indiferentes quando sabemos da necessidade do irmão, mas não lhe damos a mínima atenção. Somos indiferentes quando não andamos no caminho estreito, preferindo agir conforme a nossa vontade. Somos indiferentes quando achamos que Jesus irá tardar a voltar e teremos muito tempo para desfrutar os prazeres da vida. Somos indiferentes quando conhecemos a Palavra de Deus, sabemos o que é do Seu agrado e o que não o é. Conhecemos as profecias, mas relegamos tudo isso para o terceiro plano. A nossa indiferença com Jesus poderá nos custar o preço de Corazim e Cafarnaum ou o preço das virgens néscias, ou seja, o preço de ser deixados para trás. Quantos não vêm para Jesus por causa de problemas com os filhos ou com os pais? Muitas vezes, é a perda trágica de um parente que nos faz sair da aldeia e buscar Jesus. Vivemos no nosso mundo egoísta, na nossa aldeia, no nosso conformismo, na nossa preguiça espiritual e, muitas vezes, não deixamos Jesus entrar nela. Colocamos nossos negócios, nossos alvos na frente de Jesus e não o Reino de Deus em primeiro lugar. Muitas vezes, estamos (ou pensamos que estamos) presos a religiões, culturas, ideias, traumas antigos, conceitos e preconceitos. Então, Jesus, dirigindo-se a nós, diz: “Ai de ti Corazim! Ai de ti Betsaida!” 

Padre Bantu Mendonça 

Fonte: Canção Nova

Oração Salve Rainha pelas almas

Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, não só neste vale de lágrimas, mas ainda no lugar da nossa expiação, salve! A vós clamamos consoladora dos aflitos; a vós suspiramos, gemendo e chorando por nossos irmãos que sofrem no Purgatório. Esses vossos olhos misericordiosos volvei a eles, Advogada nossa, e lhes mostrai Jesus, bendito fruto de vosso ventre. Isto vos rogamos encarecidamente, oh! Piedosa, oh! Doce sempre Virgem Maria! Interceda pelos mortos, Santa Mãe de Deus, para que entrem na alegria das promessas de Cristo! Amém. 

Fonte: Livro de Orações a Deus

Santos: Fonte e Origem da Renovação da Igreja

Bem-aventurado Inácio de Azevedo e companheiros mártires, 

Quarenta mártires. Entre eles 2 padres, 24 estudantes e 14 irmãos auxiliares. Portugueses e espanhóis. Todos pertenciam à Companhia de Jesus. Inácio de Azevedo nasceu no Porto em 1526. Aos 23 anos, já tinha entrado na Companhia de Jesus ocupando vários serviços. Era ardoroso pelas missões além fronteiras. Foi quando o Superior Geral o enviou para o Brasil e, ao retornar, testemunhou a necessidade de mais missionários. Saíram por isso, 3 naus missionárias. Em uma delas estavam Inácio de Azevedo e os 39 companheiros. A nau foi interceptada por 5 navios de inimigos da fé católica que queriam a morte de todos. Por amor à Igreja ele aceitou o martírio. Exortou e consolou seus filhos espirituais. Foi morto e lançado ao mar. E todos foram martirizados, alcançando a coroa da glória na eternidade. Inácio e seus companheiros foram assassinados por serem católicos e missionários. Estamos no tempo das novas missões. A começar na nossa casa e onde convivemos. Ali, é o primeiro lugar onde devemos testemunhar o amor a Cristo e, se preciso, sofrer por Ele. Nossa Senhora está conosco, os santos intercedem por nós e os mártires rogam pela nossa fidelidade. Bem-aventurado Inácio de Azevedo e companheiros mártires, rogai por nós! 

Fonte: Canção Nova

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Livro - Quarto Capítulo 5 - Da dignidade do Sacramento e do estado sacerdotal

1. Ainda que tiveras a pureza dos anjos e a santidade de São João Batista, não serias digno de receber ou administrar este Sacramento. Porque não é devido a merecimento algum humano que o homem pode consagrar e administrar o Sacramento de Cristo e comer o pão dos anjos. Sublime mistério e grande dignidade dos sacerdotes, aos quais é dado o que aos anjos não foi concedido! Porque só os sacerdotes legitimamente ordenados na Igreja têm o poder de celebrar a Missa e consagrar o corpo de Cristo, porquanto é tão-somente o ministro de Deus que usa das palavras de Deus, por ordem e instituição de Deus; Deus, porém, é o autor principal e invisível agente, a cujo aceno tudo obedece. 
2. Neste augustíssimo Sacramento deves, pois, mais crer em Deus onipotente que em teus próprios sentidos ou em qualquer sinal visível. Por isso deves aproximar-te deste mistério com temor e reverência. Olha para ti e considera que ministério te foi confiado pela imposição das mãos do bispo. Foste ordenado sacerdote e consagrado para o serviço do altar; cuida agora em oferecer a Deus o sacrifício em tempo oportuno, com fé e devoção, e de levar uma vida irrepreensível. Não se te diminui o encargo, ao contrário, estás agora mais apertadamente ligado aos vínculos de disciplina e obrigado a maior perfeição e santidade. O sacerdote deve ser ornado de todas as virtudes de dar aos outros o exemplo de vida santa. Ele não deve trilhar os caminhos vulgares e comuns dos homens, mas a sua convivência seja com os anjos do céu ou com os varões perfeitos na terra. 
3. O sacerdote, revestido das vestes sagradas, faz as vezes de Cristo, para rogar devota e humildemente a Deus por si e por todo o povo. Traz o sinal da cruz do Senhor no peito e nas costas, para que continuamente se recorde da paixão de Cristo. Diante de si, na casula, traz a cruz, para que considere, com cuidado, os passos de Cristo, e se empenhe de os seguir com fervor. Nas costas também está assinalado com a cruz, para que tolere com paciência, por amor de Deus, qualquer injúria que outros lhe fizeram. Diante de si traz a cruz para chorar os próprios pecados; atrás de si, para deplorar também os alheios, por compaixão, e para que saiba que é constituído medianeiro entre Deus e o pecador. Também não cesse de orar e oferecer o santo sacrifício, até que mereça alcançar graça e misericórdia. Quando o sacerdote celebra a Santa Missa, honra a Deus, alegra os anjos, edifica a Igreja, ajuda os vivos, proporciona descanso aos defuntos e faz-se participante de todos os bens.

Fonte: Livro Imitação de Cristo

Oração de Quebra de Maldição

Senhor Jesus Cristo, creio que Tu és o Filho de Deus e o único caminho para Deus, que morreste na cruz por meus pecados e por mim foste ressuscitado dos mortos. Com fundamento no que fizestes por mim, eu creio que as reivindicações de Satanás contra mim estão canceladas em tua cruz. E assim, † Senhor Jesus Cristo, eu me submeto a Ti e me comprometo a servir-Te e a obedecer-Te. Nesta base, eu tomo posição contra qualquer força maligna das trevas que, de alguma forma, tenha vindo à minha vida – quer por meus próprios atos, quer por atos de minha família ou de meus antepassados, ou de alguma coisa mais que eu não esteja a par. Onde quer que haja sombra na minha vida, quaisquer forças malignas, eu renuncio a elas agora, Senhor. Recuso-me a submeter-me a elas por mais tempo, e no Nome poderoso de Jesus, † o Filho de Deus, tomo autoridade sobre todas as forças do mal que me atormentam, desligo-me delas e liberto-me totalmente do seu poder. Eu invoco o Espírito Santo de Deus a invadir o meu ser e a fazer minha libertação e desligamento do mal, inteira e realmente, como somente o Espírito de Deus pode fazer. Em nome de Jesus Cristo. Amém! Creio em Deus Pai Todo-Poderoso …

Fonte: Padre Marcelo Rossi

Santos: Fonte e Origem da Renovação da Igreja

São João Gualberto, 

com muita alegria nos deparamos com a santidade de vida de São João Gualberto, que pertenceu a uma nobre família de Florença, a qual muito bem o educou na cultura, porém, deixou falhas no essencial, ou seja, na vida religiosa. Por isso, facilmente, ele foi se entregando às liberdades perigosas e às vaidades do mundo. Aconteceu que, com o assassinato do seu irmão, João Gualberto – como o pai – revoltou-se a ponto de jurar o causador de morte; mas um certo dia, numa estreita estrada, Gualberto encontrou-se com o assassino desarmado, por isso arrancou sua espada para vingar o irmão, quando de repente a súplica: "Por amor de Jesus que neste dia morreu por nós, tem piedade de mim, não me mates!". Era uma Sexta-feira Santa, e assim, tocado pela misericórdia de Deus, João Gualberto não só acolheu o malvado com seu perdão, mas também ao entrar numa igreja, recebeu aos pés do Crucificado a graça do perdão e a vida nova. No processo de conversão de São João Gualberto, Deus o encaminhou à vida religiosa, à vida eremítica e depois à fundação de uma nova Ordem, chamada de Vallombrosa, na qual São João Gualberto tornou-se pai do monges e modelo, já que, antes de entrar na Vida Eterna em 1073, com 73 anos partilhou para os irmãos: "Quando quiserem eleger um abade, escolham entre os irmãos o mais humilde, o mais doce, o mais mortificado". 

São João Gualberto, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova

terça-feira, 10 de julho de 2012

Oração: Santo Sudário

Senhor Deus, que nos deixastes os sinais de vossa Paixão Santíssima no Sábado Santo, no qual foi envolto vosso Corpo Santíssimo, quando por José foste baixado da cruz: Concedei-nos, oh! Piedosíssimo Senhor! Que por vossa morte e sepultura santa, e pelas dores e angústias de vossa Santíssima Mãe Maria Senhora nossa, sejam levadas as almas do Purgatório a glória de vossa Ressurreição, onde vives e reinas com Deus Pai, em unidade com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. 

 Amém. 

 Fonte: Livro de Orações a Deus

Mensagem do Papa Bento XVI Para o 43º Dia Mundial de Orações pelas Vocações - 7 de Maio de 2006 - IV Domingo de Páscoa

Veneráveis Irmãos no Episcopado, Caros irmãos e irmãs! 

      A celebração do próximo Dia Mundial de Oração pelas Vocações oferece-me a oportunidade para convidar todo o Povo de Deus para reflectir sobre o tema da Vocação no mistério da Igreja. O apóstolo Paulo escreve: “Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo [...] Ele nos escolheu em Cristo antes de criar o mundo [...] Ele nos predestinou para sermos seus filhos adoptivos por meio de Jesus Cristo” (Ef. 1:3-5). Antes da criação do mundo e antes da nossa existência, o Pai do céu nos escolheu pessoalmente para nos chamar a entrar em relação filial com Ele, por meio de Jesus, Verbo feito carne, sob a guia do Espírito Santo. Morrendo por nós, Jesus inseriu-nos no mistério do amor do Pai, amor que totalmente o envolve e que Ele oferece a todos. Deste modo, unidos a Jesus como cabeça, formamos um só corpo, a Igreja. O peso de dois milénios de história dificulta sentir a novidade do mistério fascinante da adopção divina, que se encontra no centro do ensinamento de São Paulo. O Apóstolo recorda que Deus Pai “nos fez conhecer o mistério da sua vontade [...], conforme decisão prévia que lhe aprouve para levar o tempo à sua plenitude” (Ef. 1:9-10). E, acrescenta: “E nós sabemos que Deus coopera em tudo para o bem dos que o amam, daqueles que são chamados segundo o seu desígnio. Porque os que de antemão ele conheceu, esses predestinou a serem conformes à imagem do seu Filho, a fim de ser ele o primogénito entre muitos irmãos” (Rom. 8: 28‑29). A perspectiva é realmente fascinante: somos chamados a viver como irmãos e irmãs de Jesus e a sentirmo-nos filhos e filhas do mesmo Pai. É um dom que inverte qualquer ideia e projeto exclusivamente humanos. A confissão da verdadeira fé escancara as mentes e os corações no inesgotável mistério de Deus que permeia a existência humana. Que dizer então da tentação, muito forte nos nossos dias, de nos sentirmos auto-suficientes até o ponto de nos fecharmos ao plano misterioso de Deus a nosso respeito? O amor do Pai, que se revela na pessoa de Cristo, interpela-nos. Para responder ao chamamento de Deus e pôr-se a caminho, não é necessário que sejamos já perfeitos. Sabemos que o reconhecimento do próprio pecado fez com que o filho pródigo retornasse e experimentasse a alegria da reconciliação com o Pai. A fragilidade e os limites humanos não são um obstáculo, mas contribuem para reconhecermos a necessidade da graça redentora de Cristo. Essa é a experiência de São Paulo que confessava: “Prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que pouse sobre mim a força de Cristo” (2 Cor. 12: 9). No mistério da Igreja, Corpo Místico de Cristo, o poder divino do amor muda o coração do homem, dando-lhe a capacidade de comunicar o amor de Deus aos irmãos. Durante tantos séculos, muitos homens e mulheres, transformados pelo amor divino, consagraram a sua existência à causa do Reino. Nas margens do mar da Galileia, muitos deixaram-se conquistar por Jesus: procuravam a cura do corpo ou do espírito e foram tocados pelo poder de sua graça. Outros foram escolhidos pessoalmente por Ele mesmo e tornaram-se seus apóstolos. Encontramos também outras pessoas, como Maria Madalena e outras mulheres, que O seguiram de livre e espontânea vontade, simplesmente por amor e, do mesmo modo que o discípulo João, tiveram um lugar especial em seu coração. Esses homens e essas mulheres, que conheceram o mistério do amor do Pai através de Cristo, representam a multiplicidade das vocações que sempre existiram na Igreja. Maria, Mãe de Jesus, directamente associada, na sua peregrinação de fé, ao mistério da encarnação e da redenção, é o modelo daqueles que são chamados a testemunhar, de modo particular, o amor de Deus. Em Cristo, Cabeça da Igreja, seu Corpo, todos os cristãos formam “uma raça eleita, um sacerdócio real, uma nação santa, o povo de sua particular propriedade, a fim de que proclameis as excelências daquele que nos chamou das trevas para a sua luz maravilhosa” (1 Ped. 2: 9). A Igreja é santa mesmo se os seus membros necessitem de purificação para que a santidade, dom de Deus, possa resplandecer neles até ao seu pleno fulgor. O Concílio Vaticano II salienta o chamamento universal à santidade quando afirma que “os seguidores de Cristo, chamados por Deus não por merecimento próprio mas pela vontade e graça de Deus, são feitos, pelo Baptismo da fé, verdadeiramente filhos de Deus e participantes da natureza divina e, por conseguinte, realmente santos (Lumen gentium, 40). No quadro deste chamamento universal, Cristo, Sumo Sacerdote, na sua solicitude pela Igreja, chama, portanto, em cada geração, diversas pessoas para cuidar do seu povo. Em particular, chama ao ministério sacerdotal homens que exerçam uma função paterna, cuja fonte reside na mesma paternidade de Deus (cfr Ef. 3:14). A missão do sacerdote na Igreja é insubstituível. Portanto, mesmo se, em certos lugares, há escassez de sacerdotes, não se deve ter menos certeza de que Cristo ainda continue a chamar homens, que como os Apóstolos, abandonando todas as outras tarefas, se dediquem totalmente à celebração dos santos mistérios, à pregação do Evangelho e ao ministério pastoral. A tal propósito, na exortação apostólica Pastores dabo vobis, o meu venerável predecessor, João Paulo II, escreveu: “A relação do sacerdote com Jesus Cristo e, n’Ele, com a sua Igreja situa-se no próprio ser do sacerdote, em virtude da sua consagração-unção sacramental, e no seu agir, isto é, na sua missão ou ministério. Em particular, “o sacerdote ministro é servo de Cristo presente na Igreja mistério, comunhão e missão. Pelo facto de participar da “unção” e da “missão” de Cristo, ele pode prolongar na Igreja a oração, a palavra, o sacrifício e a acção salvífica do próprio Cristo. É, portanto, servidor da Igreja mistério porque realiza os sinais eclesiais e sacramentais da presença de Cristo ressuscitado” (n.16). Outra vocação especial, que ocupa um lugar de honra na Igreja, é o chamamento à vida consagrada. Sob o exemplo de Maria de Betânia que “ficou sentada aos pés de Jesus, escutando-lhe a sua palavra” (Luc. 10: 39), muitos homens e muitas mulheres consagram-se a um seguimento total e exclusivo de Cristo. Embora estas pessoas desenvolvam vários serviços no campo da formação humana e no cuidado dos pobres, no ensino ou na assistência aos doentes, não julgam tais acções como o objetivo principal de sua vida. De facto, o Código do Direito Canônico sublinha que “a contemplação das coisas divinas e a união assídua com Deus na oração seja o primeiro e o principal dever de todos os religiosos” (Can. 663, § 1). E, na exortação apostólica Vita consecrata, João Paulo II anotava: “Na tradição da Igreja, a profissão religiosa tem sido considerada como um singular e fecundo aprofundamento da consagração baptismal, enquanto, através dela, essa íntima união com Cristo, inaugurada no Baptismo, se desenvolve no dom da conformação, mais clara e explicitamente realizada, pela profissão dos conselhos evangélicos” (n. 30). Relembrados da recomendação de Jesus: “A messe é grande, mas poucos são os operários! Orai para que o dono da messe mande operários à sua messe!”(Mt. 9:37), advertimos vivamente para a necessidade de rezar pelas vocações ao sacerdócio e à vida consagrada. Não surpreende que, onde se reza com fervor, as vocações florescem. A santidade da Igreja depende essencialmente da união com Cristo e da abertura ao mistério da graça que opera nos corações dos crentes. Gostaria, portanto, de convidar todos os fiéis a cultivar uma íntima relação com Cristo, Mestre e Pastor do seu povo, imitando Maria, que guardava no seu coração os divinos mistérios e os meditava assiduamente (cfr Luc. 2: 19). Juntamente com Ela, que tem um lugar central no mistério da Igreja, rezemos: Ó Pai, fazei com que surjam, entre os cristãos, numerosas e santas vocações ao sacerdócio, que mantenham viva a fé e conservem a grata memória do vosso Filho Jesus pela pregação da sua palavra e pela administração dos sacramentos com os quais renovais continuamente os vossos fiéis. Dai-nos santos ministros do vosso altar, que sejam atentos e fervorosos guardiães da Eucaristia, o sacramento do supremo dom de Cristo para a redenção do mundo. Chamai ministros da vossa misericórdia, os quais, através do sacramento da Reconciliação, difundam a alegria do vosso perdão. Fazei, ó Pai, que a Igreja acolha com alegria as numerosas inspirações do Espírito do vosso Filho e, dóceis aos seus ensinamentos, cuide das vocações ao ministério sacerdotal e à vida consagrada. Ajudai os Bispos, os sacerdotes, os diáconos, as pessoas consagradas e todos os baptizados em Cristo para que cumpram fielmente a sua missão no serviço do Evangelho. Nós Vos pedimos por Cristo, nosso Senhor. 
Amen. 
Maria, Rainha dos Apóstolos, rogai por nós. 

Cidade do Vaticano, 5 de Março de 2006 

BENEDICTUS PP. XVI 

Fonte: Libreria Editrice Vaticana

Livro Quarto - Capítulo 5 - Da dignidade do Sacramento e do estado sacerdotal

1. Ainda que tiveras a pureza dos anjos e a santidade de São João Batista, não serias digno de receber ou administrar este Sacramento. Porque não é devido a merecimento algum humano que o homem pode consagrar e administrar o Sacramento de Cristo e comer o pão dos anjos. Sublime mistério e grande dignidade dos sacerdotes, aos quais é dado o que aos anjos não foi concedido! Porque só os sacerdotes legitimamente ordenados na Igreja têm o poder de celebrar a Missa e consagrar o corpo de Cristo, porquanto é tão-somente o ministro de Deus que usa das palavras de Deus, por ordem e instituição de Deus; Deus, porém, é o autor principal e invisível agente, a cujo aceno tudo obedece. 
2. Neste augustíssimo Sacramento deves, pois, mais crer em Deus onipotente que em teus próprios sentidos ou em qualquer sinal visível. Por isso deves aproximar-te deste mistério com temor e reverência. Olha para ti e considera que ministério te foi confiado pela imposição das mãos do bispo. Foste ordenado sacerdote e consagrado para o serviço do altar; cuida agora em oferecer a Deus o sacrifício em tempo oportuno, com fé e devoção, e de levar uma vida irrepreensível. Não se te diminui o encargo, ao contrário, estás agora mais apertadamente ligado aos vínculos de disciplina e obrigado a maior perfeição e santidade. O sacerdote deve ser ornado de todas as virtudes de dar aos outros o exemplo de vida santa. Ele não deve trilhar os caminhos vulgares e comuns dos homens, mas a sua convivência seja com os anjos do céu ou com os varões perfeitos na terra. 
3. O sacerdote, revestido das vestes sagradas, faz as vezes de Cristo, para rogar devota e humildemente a Deus por si e por todo o povo. Traz o sinal da cruz do Senhor no peito e nas costas, para que continuamente se recorde da paixão de Cristo. Diante de si, na casula, traz a cruz, para que considere, com cuidado, os passos de Cristo, e se empenhe de os seguir com fervor. Nas costas também está assinalado com a cruz, para que tolere com paciência, por amor de Deus, qualquer injúria que outros lhe fizeram. Diante de si traz a cruz para chorar os próprios pecados; atrás de si, para deplorar também os alheios, por compaixão, e para que saiba que é constituído medianeiro entre Deus e o pecador. Também não cesse de orar e oferecer o santo sacrifício, até que mereça alcançar graça e misericórdia. Quando o sacerdote celebra a Santa Missa, honra a Deus, alegra os anjos, edifica a Igreja, ajuda os vivos, proporciona descanso aos defuntos e faz-se participante de todos os bens.

Fonte: Livro Imitação de Cristo

segunda-feira, 9 de julho de 2012

BENTO XVI ANGELUS Castel Gandolfo domingo, 8 de julho, 2012

Queridos irmãos e irmãs! 

Eu vou abordar brevemente a passagem do Evangelho deste domingo, um texto que é desenhado o famoso ditado " um profeta em casa Nemo ", que nenhum profeta é bem-vinda entre o seu povo, que o viu crescer (cf. Mc 6,4) . Na verdade, depois de Jesus, cerca de trinta anos, e tinha deixado Nazaré para o tempo de um tempo 'tinha ido em outros lugares, pregando e curando, uma vez que retornou ao seu país e ele começou a ensinar na sinagoga. Seus concidadãos "espantado" com sua sabedoria e, conhecendo-o como o "filho de Maria", o "carpinteiro" vivia no meio deles, em vez de acolher com fé escandalizavam-se nele (cf. Mc 6,2-3) . Este fato é compreensível, porque os termos familiares humanos torna difícil ir além e abrir à dimensão divina. O que seria este filho de carpinteiro de Deus é difícil de acreditar, para eles. O próprio Jesus traz a experiência como um exemplo dos profetas de Israel, que em sua própria casa havia sido objeto de desprezo, e se identifica com eles. Devido a este encerramento espiritual, Jesus de Nazaré não poderia ter "nenhum prodígio, mas ele pôs as mãos sobre alguns doentes e os curava" ( Mc 6,5). Na verdade, os milagres de Cristo não são exposições de poder, mas os sinais do amor de Deus, que toma lugar onde a fé encontra o homem é a reciprocidade. Orígenes escreve: "Assim como há uma atração natural para corpos de alguns para os outros, como o imã ao ferro ... por isso que a crença exerce uma atração sobre o poder divino" ( Comentário ao Evangelho de Mateus 10, 19 ). Então, parece que Jesus é feita - como eles dizem - uma razão para a recepção hostil que se reúne em Nazaré. Em vez disso, no final da história, descobrimos uma observação que diz justamente o oposto. O Evangelista escreve que Jesus "foi surpreendido com a sua incredulidade" ( Mc 6,6). Para o espanto de seus concidadãos, que estão escandalizados, é a maravilha de Jesus Ele também, em certo sentido, ser ofendido! Apesar de saber que nenhum profeta é aceito em sua terra natal, no entanto, o encerramento do coração do seu povo para que ele permanece obscuro, misterioso como eles não podem reconhecer a luz da Verdade? Por que não abrir para a bondade de Deus, que quis partilhar a nossa humanidade? Na verdade, o homem Jesus de Nazaré é a transparência de Deus, Deus vive nele plenamente. E enquanto nós, nós mesmos, nós sempre tentamos outros sinais, prodígios outros, não nos damos conta que o sinal real é que ele, Deus se fez carne, Ele é o maior milagre do universo: todo o amor de Deus escondido em um coração humano , em face de um homem. Aquele que tem verdadeiramente entendido esta realidade é a Virgem Maria bem-aventurada porque acreditou (cf. Lc 1,45). Maria não ficou chocado com o seu Filho: a sua surpresa, ele é cheio de fé, cheia de amor e alegria em vê-lo tão humano e tão divino. Aprendemos com ela, então, nossa Mãe na fé, de reconhecer a humanidade de Cristo a perfeita revelação de Deus. 

Fonte: Libreria Editrice Vaticana

Oração: Ato heroico em favor das Almas do Purgatório

Meu Deus, em união pelos merecimentos de Jesus e de Maria, ofereço-vos pelas almas do purgatório todas as minhas obras satisfatórias e todas as que me forem aplicadas durante a vida, na morte e depois dela. Amém. 
Fonte: Livro Orações a Deus

Arquivo do blog