A quebra na unidade interna pode acontecer quando, de repente, ou já previamente avisado, alguém se vê num momento de descontinuidade acerca do que nem queria que viesse acontecer. Por alguns fatos, pode alguém ser surpreendido; por outros, através de sinais, já poderia ter sido avisado. Acontecimentos falam; precisam ser ouvidos. Internos são os movimentos da alma. Sinais externos precisam ser lidos, como um texto do qual emergem recados. Uma determinada tendência de encaminhamentos em uma precisa direção, quando começa a acontecer, pode resultar em algo (in)desejável de que é possível ainda precaver-se. A tendência de teu coração mostra também o que, internamente, há em mutação. Está em ti, afinal de contas, decidir. Informações tu podes ter, mas a ti, tão-somente a ti, compete a última palavra, o encaminhamento do que te concerne vir acontecer.
Para tomar posição, terás, por vezes, que contrariar certos elementos, transitórios ou permanentes, interna ou externamente, malgrado lhes estejam afeito o teu coração. Pode acontecer, contrariamente, então, ser preciso afastar-te ou aproximar-te de coisas que, malgrado valiosas sejam, (in)devidas são acerca do prioritário que tem sido e ainda há ser (e se de ti depender, será?).
Oásis em meio a desertos há de se encontrar. Eles lá estão. Importante é tanto partir quanto ficar. A questão está no momento que, para ser claro, há que se discenir. Prós e contras, em tudo, sempre haverá. Exteriormente a ti estão ou até podem vir a estar. A questão que se coloca é esta: tu precisas administrar-te interiormente a fim de administrar-te exteriormente e não deixar, em nenhuma situação, indevidas arestas, como aquelas em que te arriscas neste presente. Pressentes?
Fonte: Padre Airton Freire
Nenhum comentário:
Postar um comentário